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Vamos falar sobre o chocolate?

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‘Theobromacacao’. Alguém sabe o que significa esse nome? Traduzindo para o português seria algo como ‘Alimento dos Deuses’. Mas esse alimento é mais conhecido como chocolate mesmo. E é sobre ele que vamos falar hoje e nos próximos dois artigos.. O tão amado e odiado chocolate.
Com seu uso datado desde o período pré-clássico (de 900 AC até 250 DC) através de uma técnica que permitiu a identificação de resíduos de cacau em recipientes de cerâmica maia. Foram numerosas as peças onde se constataram oferecimento de chocolate a governantes de deuses.
No século XVI, conquistadores espanhóis levaram o chocolate para a Europa e a versão doce tornou-se um alimento de luxo em todo o continente. Joseph Storrs Fry comercializou na Inglaterra as primeiras barras de chocolate, no que foi seguido pelos irmãos Cadbury.
Desde essa data o chocolate é produzido diariamente. Mas pouco sabem a forma como afeta nosso corpo. Diverge-se entre a condenação e a absolvição. Há os que apresentam grandes riscos para a saúde e existem aqueles que exaltam seus benefícios. Mas afinal comer uma pequena dose de chocolate por dia é bom ou é ruim?
As sensações que o chocolate provoca
O chocolate induz uma sensação de prazer que pode ser explicada pelas suas propriedades físicas. Acredita-se que o elevado conteúdo de estearatos da manteiga de cacau, um ingrediente essencial do chocolate, é responsável pela forma como se derrete e pela sua estabilidade. A manteiga de cacau contém entre 30% e 37% de estearatos na sua composição lipídica. Como consequência, permanece sólida à temperatura ambiente, mas, quando consumida, o seu conteúdo em gordura absorve o calor da boca e derrete à temperatura corporal, produzindo o efeito ‘derrete-se na boca’.
Dá-se ao chocolate algumas propriedades afrodisíacas. Isso porque o alimento tem compostos químicos, entre eles o triptofano, usado pelo cérebro para produzir serotonina, que é um neurotransmissor que induz sensações de prazer. Essa teoria é controversa, já que a presença desse composto é pequena e levanta dúvidas da real possibilidade do chocolate provocar um aumento de serotonina. O mesmo se dá com a feniletilalanina, que promove sentimentos de atração, excitação, tonturas e apreensão. Já a teobromina – um estimulante fraco encontrado no chocolate – juntamente com outros compostos químicos, tais como a cafeína, pode ser responsável pela sensação muito característica que se verifica ao comer chocolate.
Problemas que podem surgir do consumo
O elevado conteúdo em gordura da maior parte dos chocolates implica que o chocolate pode contribuir para o obesidade, responasvel por uma serie de problemas de saúde, incluindo doenças cardíacas e diabetes. Mas existem estudos que contrariam a ideia de que consumo de chocolate acarreta acne. Um estudo de 1969, diz que, mesmo submetidos ao consumo de barras de chocolate com 10 vezes mais chocolate que as barras comerciais, os voluntários não tiveram um significativo aumento de acne.
Além disso, não se provou que o chocolate contribua para o aparecimento de cáries dentárias. Pelo contrário, a manteiga de cacau reveste os dentes e ajuda a protegê-los, prevenindo a formação da placa bacteriana. Embora o açúcar no chocolate contribua para a formação de cáries, não o faz mais do que o açúcar presente em outros alimentos açucarados. Por outro lado, ao alterarem o fluxo sanguíneo para o cérebro e libertarem norepinefrina, alguns dos compostos químicos do chocolate podem causar enxaquecas.
Provavelmente, o melhor compromisso será comer com moderação e escolher, preferencialmente, chocolate preto. No próximo artigo, falaremos da diferença entre os chocolates branco e preto (incluindo suas opções).

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